segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

É que daqui não vejo a lua

A vista mudou. Mudou e se expandiu, não só a do meu olho, mas a da alma também. Pudera você vê o que eu vejo agora da janela, é bonito tanto quanto o de antes, mas o de agora o coração vê diferente. Me levaram as arvores o céu estrelado e o calor que só o meu lar sabe ter. Me levaram não, deixei, mas não abandonei, um dia volto, quero que os que sairem de mim vejam o que sempre vi enquanto crescia, até lá carrego no peito e estampado na testa a minha primeira raiz. Explico: primeira, mas não ultima, me permito fincar muitas outras por ai, por hora fico aqui, lutando contra esse preto asfalto e concreto armado longe do marrom terra da casa de minha avó. Terra que lambia com a cara no chão de covardia de levantar a vista e olhar além. Levantei e fui, fui levando um peito leve pesado de saudade.

Um comentário:

  1. Achei lindo o poema Ana. Você com as palavras é ótima. Ops..não só com as palavras...Saiba sempre que tens em mim uma torcedora. Quando chegares a ser reconhecida e, nas entrevistas
    importantes fale sobre a minha certeza de sua capacidade como desing vou me achar rsrsrs.
    Não esqueça da nossa amada...sua mãe.Ela te ama muito.
    Deus te abençõe sempre.

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